sábado, 22 de março de 2014

Ponte Estaiada Octavio Frias de Oliveira


A ponte Octávio Frias de Oliveira é um marco na arquitetura nacional, pois foi construída com um formato único no mundo: duas pontes em curva formando um X e sustentadas por estais ligados a um único mastro. Uma ponte estaiada é uma ponte suspensa por conjuntos de cabos de aço (os chamados estais, que dão origem ao nome estaiada), conectados a uma torre ou mastro com a função de dar sustentação às suas pistas. Moderna, é construída em locais onde o uso dos pilares não é aconselhável. É considerada a evolução da tradicional ponte pênsil.

A sustentação das pontes é feita por estais, que são feixes de cabos que variam de 15 a 25 cordoalhas de aço, revestidas por uma bainha de polietileno amarelo, cuja finalidade é proteger os estais da chuva, do vento e dos raios do sol. São 492 toneladas de aço, que se fossem colocadas lado a lado daria para percorrer 378 mil metros, equiparável à distância entre a cidade de São Paulo e a de Ourinhos (370 km). O maior estai tem 195 metros e o menor 78 metros. A distância entre os estais é de 7 metros do lado do rio, e de 6,5 metros do lado do sistema viário.



A obra ficou a cargo da empresa Construtora OAS, envolvendo 420 funcionários, trabalhando em dois turnos. O projeto é de autoria de Catão Francisco Ribeiro, tendo como arquiteto João Valente. Edward Zeppo Boretto é o engenheiro responsável e Norberto Duran, o gerente de obras, ambos pertencentes aos quadros da Empresa Municipal de Urbanismo (EMURB). A equipe responsável pela obra compõe-se de uma dezena de profissionais de cinco empresas especializadas em projeto, arquitetura e construção, além da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que realizou os testes de estabilidade e resistência à ação dos ventos, chamados ensaios em túnel de vento.

Uma ponte assim tão inovadora foi projetada e construída com recursos de apoio e materiais de alta qualidade. O principal software usado para os complexos cálculos de tamanho e posicionamento dos estais, o Midas Civil, foi importado da Coréia a um custo de aproximadamente US$ 20 mil. Também foram importados os estais que sustentam a obra, originários da Espanha. Os demais materiais, de qualidade equiparável, foram fornecidos por empresas brasileiras. 

Tanto cuidado nos cálculos e na escolha dos materiais darão uma durabilidade à ponte de pelo menos um século, com manutenção mínima. São 500 toneladas de cordoalhas de aço (feixes de aço que constituem os cabos) revestidas com bainha de polietileno de alta densidade e 58 mil metros cúbicos de concreto armado e protendido (características resultantes de processos que conferem maior resistência ao concreto). Os cabos de aço (usados como estais) são de tripla proteção contra corrosão e ação de raios ultravioletas, além de terem sido também protegidos contra possíveis ações de vandalismo. Nos elementos de fixação de cada um dos estais foram instaladas células de carga, capazes de monitorar as forças aplicadas sobre eles. Isso permitiu o ajuste das tensões mecânicas de montagem, equilibrando a ponte adequadamente e não sobrecarregando os cabos durante a construção. 

Erguidas em concreto armado protendido, as alças foram moldadas por meio de formas deslizantes. A obra consumiu aproximadamente 58.700 metros cúbicos de concreto, o equivalente à carga de 7.340 caminhões betoneiras ou ao volume utilizado na construção das pontes do Cebolão. 

Entre os desafios técnicos encontrados no projeto, há a complexidade da distribuição de cargas entre os muitos estais e as seções das pistas de geometria curva. Nos elementos de fixação de cada um dos estais foram instaladas células de carga, capazes de monitorar as forças aplicadas aos mesmos, permitindo ajustar as tensões mecânicas de montagem, equilibrando a ponte adequadamente e não sobrecarregando os cabos durante a construção. As pontes foram projetadas para suportar ventos de até 250 quilômetros por hora.


Projeto Básico:
  • Duas pontes independentes 
  • O Cruzamento entre as duas pontes ocorre próximo a Av. Jornalista Roberto Marinho 
  • Cada tabuleiro estaiado é suportado por um mastro




Mastro de Estaiamento





Tabuleiro:
  • 2 faixas de 3,50m ; 1 acostamento de 2,00m 
  • 2 faixas de segurança de 0,60m 
  • 2 passeios de emergência de 1,00m




Interferências Locais (Fundação):
  • Cada torre possui 105,0 m acima do tabuleiro




Estaiamento: 
  • 2 vãos simétricos de 143,0 m de comprimento 
  • 2x22 estais em cada vão Estais espaçados longitudinalmente a cada 6,0 m




Apoios extremos:
  • Travessa circular
  • Ligação monolítica com o tabuleiro




Projeto arquitetônico de Charles Lavigne









Bibliografia:

Alunos:

  • Bianca Mendes RA 20283065
  • Laura de Cico RA 20074558



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