MASP – Museu de Arte São Paulo Assis
Chateaubriand
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Projetado pela arquiteta Lina Bo Bardi em 1957 e inaugurado em 1968, o edifício levou dez anos de construção, encontra-se na Avenida Paulista, onde os chamados barões do café edificavam, no começo do século XIX, seus palacetes. Situado exatamente no ponto em que a Avenida Paulista cruza com a Avenida Nove de Julho, denominado romanticamente Trianon, ponto tradicional de encontro, com um modesto belvedere e ampla vista sobre a cidade, que ainda esperava pelos seus primeiros arranha-céus.
MASP, vista da 9 de Julho. FONTE:www.arquiamigos.org.br |
Trianon,
antes da construção do MASP. FONTE: www.ajorb.com.br.
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ESTRUTURA DO EDIFÍCIO
A estrutura, ponto
central desta arquitetura, alcança a simplicidade em uma grandiosidade pura,
tanto pelas suas dimensões quanto pela clareza de solução. Basicamente, o
prédio se divide em duas partes: a inferior, situada abaixo do nível da Av.
Paulista e a superior, acima da mesma, separadas pelo grande Belvedere.
Fundação
sobre túnel
A construção do Museu foi desafiadora e peculiar, pois, implantada no maciço
que se ergue sobre os túneis da Avenida Nove de Julho, foi necessário, para
aprovação do projeto, um estudo meticuloso. A soleira das fundações, do lado
esquerdo da obra, no sentido cidade-bairro, situa-se apenas 8m acima da cota
superior dos túneis. Como solução estrutural proposta usaram fundações diretas.
A estrutura elevada
O projeto estrutural está profundamente marcado pelas peças que se
erguem acima da Av. Paulista. São apenas quatro grandes pilares, recebendo dois
a dois, as quatro vigas protendidas com quase 80 m de extensão. Duas delas
suportam a cobertura e, as outras duas, o peso de todo o resto da estrutura. As
vigas apoiam-se, em um dos lados, em peças pendulares de concreto, embutidas em
pilares que são ocos, próximos à cobertura.
Estes pêndulos agem de modo a evitar que os efeitos de dilatação/contração das
vigas acarretem na transferência de esforços para os pilares e consequentemente
acarretem em momentos fletores. Na cota
+8,40m uma laje nervurada com 50 cm de espessura é suspensa por meio de
tirantes de aço, não revestidos, a duas gigantescas vigas de piso, do pórtico,
na cota +14,5m.
A estrutura desse piso, na cota 14,5m é
bastante carregada. Além de suportar a laje inferior, foi calculada para
suportar uma carga acidental de 5kN/m correspondente ao material e público em
situações extremas.
O grande vão
No nível da calçada, foi condição
explícita do projeto que nada deveria ser construído para se ter uma visão
ampla da paisagem da Av. 9 de Julho e o ambiente deveria manter os
característicos de “belvedere” como a antiga construção do Trianon. Ficam
aparentes apenas os quatro pilones ocos de 4 x 2,5m e as vigas superiores de 2,5 x 3, 5m.
A viga do piso e reações dos tirantes
A enorme viga do piso é oca, com paredes de 25cm e seção externa de 2.5x3.5m.O projeto foi elaborado de tal forma que as reações dos tirantes nas duas faces de grande viga fossem quase iguais, minimizando o efeito de torção, bastante nocivo para um vão de 74m, esta igualdade foi atingida por meio de luvas.
Corte transversal e longitudinal do MASP.
FONTE: Acervo do MASP.
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INGRID M. TRALDI
(R.A. 20028057)
BIBLIOGRAFIA
Acervo do MASP. Dados técnicos.
O Dirigente Construtor. Edição de dezembro
de 1964.
http://www.lmc.ep.usp.br/disciplinas/pef2401/2007/Trabalhos/T1/Apresenta%C3%A7%C3%A3o_MASP.pdf
http://www.arquiamigos.org.br/info/info34/img/1967-000187.jpg
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