Arquitetos: Lina Bo Bardi
Ano: 1951
Tipo de projeto: Residêncial
Materialidade: Vidro e Metal
Estrutura: Concreto
Localização: São Paulo, Brasil
Italiana de origem, Lina Bo Bardi é um paradigma da arquitetura moderna brasileira.
Em 1951, Lina se naturaliza brasileira, ano que coincide com a inauguração da sua primeira obra construída, nada menos que a Casa de Vidro, localizada no bairro do Morumbi, zona sul de São Paulo. Inicialmente idealizada como residência do casal e sede do Instituto de Arte Contemporânea, a Casa de Vidro foi a primeira residência do bairro, até então dominado pela Mata Atlântica, quando a expansão da cidade começava a ocupar a outra margem do rio Pinheiros.
© wordpress casasbrasileiras
A casa é marcada pela transparência dos grandes panos de vidro e pela leveza de suas estruturas de aço.
Uma das primeiras intenções de Lina foi conservar o perfil natural do terreno, muito inclinado, o que influiu para que a frente da casa fosse construída sobre pilotis, mas sem deixar de fazer referência a um dos cinco pontos da arquitetura propostos por Le Corbusier. A parte de trás da residência ficou, por conseguinte, apoiada em muros de concreto diretamente sobre o terreno. Esse aspecto maciço da porção posterior se contrapõe com a leveza da porção sul e sua fachada principal, criando um rico diálogo entre transparência e opacidade, natureza e construção, interior e exterior, que trás novamente à mente os exemplos das primeiras casas corbusierianas.
© flickr selmie
http://casasbrasileiras.wordpress.com/2010/09/23/a-casa-de-vidro-lina-bo-bardi/
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A casa está dividida em duas porções bem definidas. A primeira representa o salão de estar e jantar, dominada pelas grandes aberturas de vidro. Ocupa toda a largura e os dois primeiros módulos da profundidade da residência. Ao centro desse salão se encontra um pátio, no qual foi mantida uma árvore remanescente da vegetação local. Além de servir como elemento de amenização climática, possibilitando ventilação cruzada nos dias quentes, esse elemento reforça o desejado contato com a natureza, além de, mais uma vez, fazer menção aos mestres modernos, através das casas-pátio de Mies van der Rohe. Uma escada aberta, feita com estrutura de aço e degraus de granito, é o acesso principal ao andar superior da casa. Seu desenho de linhas simples é o único elemento que se sobressai no vazio do pilotis.
A segunda porção é formada pela área dos dormitórios e de serviços, os quais ocupam os três módulos posteriores e configuram a parte maciça e opaca da casa. Os dormitórios são adjacentes ao salão de estar e a área de serviços forma o último módulo, a norte. Conectando essas duas faixas está a cozinha, que junto a outro patio aberto, mais amplo que aquele do salão de estar, conformam a faixa central dessa porção maciça da residência. O patio é mais uma vez um elemento essencial para o conforto da casa, permitindo a ventilação de todos os dormitórios. No primeiro piso, além disso, se encontram as zonas de máquinas e a garagem.
Fonte:
http://www.archdaily.com.br/br/01-12802/classicos-da-arquitetura-casa-de-vidro-slash-lina-bo-bardi
http://casasbrasileiras.wordpress.com/2010/09/23/a-casa-de-vidro-lina-bo-bardi/
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